Por: Henrique Colli
Essa não é a primeira crise econômica por qual o mundo moderno passa, tampouco será a última, mas uma certeza podemos ter, é diferente das demais e atingirá um público bem amplo, porém também possui suas semelhanças com crises passadas e há sempre algo a ser aprendido com elas. Por isso esse texto tem o objetivo de relembrar algumas crises famosas que atingiram o mundo como um todo e mostrar as medidas propostas para sair delas.
Também algumas projeções e desafios que teremos pela frente nos próximos anos.
A Grande Depressão
A primeira crise a ser apresentada é a de 1929, conhecida como “Grande Depressão”. Essa crise, causada principalmente pelo excesso de produção nos Estados Unidos.
O país foi afetado na perda de grande parte do mercado consumidor europeu que se recuperou em meados dos anos 20 após a Primeira Guerra Mundial e diminuiu o consumo do mercado norte-americano, esse movimentou levou uma queda drástica na Bolsa de Valores de Nova York em outubro de 29.
Essa queda na bolsa foi causada pela produção ter sido mantida a mesma ainda que as exportações tenham diminuído, os preços caíram, muitas empresas foram levadas à falência e houve um processo de demissão em massa.
O país só começou a se recuperar a partir de 1933 com o início do Plano New Deal sob o governo do presidente Roosevelt, plano esse que tinha característica o controle de preços, obras públicas para oferecer trabalho aos desempregados e assim voltar o reaquecimento da economia. A criação de seguro desemprego e controle das produções agrícolas e industrial, dessa maneira equilibrando a produção e o consumo.
Demorou 10 anos para que o PIB voltasse ao mesmo patamar do ano de 1929, ainda assim o nível de desempregados era alto totalizando 15% em 1940.
Plano Marshall
Após a Segunda Guerra Mundial, muitos dos países da Europa ocidental ficaram devastados e fragilizados economicamente, com isso foi criado o Plano de Recuperação Europeia, denominado como Plano Marshall, esse plano ocorreu de 1947 a 1951 e promoveu o arranque econômico para os países beneficiados, entre eles Inglaterra, Itália e França.
Os EUA injetaram 18 bilhões de dólares nesses países, os quais ajudaram na reconstrução desses países e depois possibilitou que aquecesse a economia mundial, principalmente sendo um grande mercado consumidor norte americano.
Crise do subprime
A crise do subprime, como é conhecida a crise de 2008 que assolou primeiramente o sistema bancário dos EUA e posteriormente do mundo todo, foi causada pela falta de pagamentos de empréstimos, principalmente para financiar atividades imobiliárias que virou uma bola de neve e afetaram os bancos. Essa crise afetou a demanda agregada e vários bancos mundiais foram afetados, no Brasil, foi liberado que bancos maiores comprassem bancos menores.
Além de outras medidas como o governo injetar dinheiro para salvar bancos da falência também ocorreram na Europa e nos EUA.
Como visto, as crises acontecem, pois, algo ocasiona a queda no consumo, com isso há uma elevação do desemprego, o que deve ser feito é a estimulação da demanda agregada, isso fica bem característico nos exemplos acima com a ação do governo na tentativa de estimular a economia garantindo emprego e renda.
A Crise Atual
No nosso caso atual, não é diferente, os governos estão atuando ativamente para mitigar esses efeitos da crise estimulando a economia com a intervenção estatal.
O desafio econômico é grande, tendo em vista que já não estávamos no melhor cenário, porém em tomada a recuperação. Muitas previsões estão indicando uma retração do PIB, o que não há dúvidas de que irá acontecer, a questão nesse momento difícil é como os países estão atuando para mitigar esses efeitos e reduzir o desemprego que será causado por conta dessa nova crise que afetou o mundo todo.
Em nossa série de textos sobre o lado econômico da pandemia, escrevemos sobre como você pessoa física e jurídica pode enfrentar essa crise, além de como os governos do Brasil e do mundo estão atuando para reduzir seus danos.
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